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SISFRON – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras

O SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) é um programa estratégico do Exército Brasileiro, concebido para fortalecer a presença do Estado na faixa de fronteira terrestre do Brasil. O sistema utiliza tecnologias de monitoramento, sensores, radares e comunicações integradas para ampliar a capacidade de vigilância e atuação nas regiões de fronteira.

Com cerca de 16.886 km de extensão, as fronteiras terrestres do Brasil fazem divisa com 11 países da América do Sul e compreendem regiões críticas para a segurança, como a Amazônia, o Pantanal e áreas de difícil acesso.

  • Monitorar, controlar e proteger as fronteiras terrestres brasileiras
  • Integrar tecnologias de sensoriamento remoto, radares e centros de comando e controle
  • Apoiar ações de combate ao tráfico de drogas, armas e crimes transfronteiriços
  • Atuar em apoio a outras agências de segurança pública e fiscalização
  • Reforçar a soberania nacional em áreas estratégicas e de baixa densidade populacional
  • Melhorar a capacidade de resposta rápida do Estado na faixa de fronteira

O SISFRON é constituído por uma arquitetura tecnológica integrada, composta por:

  • Sensores fixos e móveis (radares, torres de observação, sensores óticos e infravermelhos)
  • Veículos aéreos não tripulados (VANTs) para reconhecimento e vigilância
  • Estações remotas de comunicação e monitoramento
  • Centros de Comando e Controle (C2) nas unidades militares
  • Rede de comunicações segura com alcance regional e nacional
  • Integração com sistemas de órgãos civis e policiais

O projeto é implementado em fases, com expansão gradual conforme os recursos disponíveis e as prioridades estratégicas. As primeiras fases priorizaram áreas críticas, como:

  • Região do Comando Militar do Oeste (CMO) – Mato Grosso do Sul
  • Áreas próximas ao Paraguai e à Bolívia
  • Fronteiras amazônicas

O plano prevê cobertura progressiva de toda a faixa de fronteira até a década de 2030.

O SISFRON é considerado um multiplicador de forças, com impacto direto na:

  • Segurança pública nas regiões de fronteira
  • Atuação integrada com PF, PRF, Receita Federal, Ibama e outros órgãos
  • Dissuadir a presença de grupos criminosos transnacionais
  • Melhorar a logística e a comunicação em áreas remotas
  • Desenvolver a indústria nacional de defesa e tecnologia
  • Proteger as riquezas naturais e a soberania do território brasileiro

O projeto conta com intensa participação da Base Industrial de Defesa, com destaque para:

  • Bradar – Radares e sensores
  • Savis – Integração e comando e controle
  • Atech, Embraer Defesa, Omnisys e outras empresas brasileiras

A priorização de tecnologias nacionais garante autonomia, segurança da informação e fortalecimento da capacidade produtiva do país.


Esta página faz parte do Wiki Defesa, uma iniciativa do portal Defesa em Foco para ampliar o conhecimento sobre os projetos estratégicos que protegem a soberania brasileira e integram tecnologia à defesa do território nacional.

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  • Última modificação: 2025/03/25 14:09
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